A FESAHT promove uma vigília dos trabalhadores das cantinas, refeitórios, áreas de serviço e bares concessionados à porta da AHRESP, com inicio dia 15 de Julho, às 11 horas.
Esta acção de luta insere-se num plano traçado pelos sindicatos do sector tendo em vista a negociação e assinatura do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) que não é revisto desde 2003.
As empresas deste sector de actividade, que emprega mais de 20 mil trabalhadores, têm vindo a pôr em causa os direitos dos trabalhadores, designadamente: deixaram de pagar o trabalho prestado em dia feriado e em dia de descanso semanal com o acréscimo de 200%; deixaram de pagar o trabalho nocturno das 20 às 24 horas com o acréscimo de 25%; deixaram de pagar o subsídio de alimentação nas férias; alteraram as categorias profissionais sem o acordo dos trabalhadores; transferem os trabalhadores de local de trabalho sem o seu acordo; impõem horários de 12 horas diárias, etc.. Além disso, pagam salários muito baixos, designadamente às cozinheiras de 3.ª e de 2.ª, a quem pagam apenas 635 e 650 euros, respectivamente, e às empregadas de distribuição, a quem pagam apenas 620 euros.
Esta vigília visa a assinatura do CCT com a associação patronal AHRESP com melhores salários e sem perda de direitos.
Assim, delegações de trabalhadores do Norte, Centro, Sul e Algarve vão deslocar-se na próxima segunda feira e instalar tendas de campismo frente à sede da AHRESP para obrigar esta associação patronal a alterar a sua posição que tem sido de grande inflexibilidade negocial.
A AHRESP negociou e assinou em 2019 acordos com a FESAHT para os sectores da Restauração e Alojamento, com aumentos mínimos de 20 e 27 euros mensais, respectivamente, mas deixou para trás estes trabalhadores, discriminando-os.
FONTE: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte