Dirigentes sindicais do CESP agredidos por chefe de loja Continente

Dirigentes sindicais do CESP foram ontem agredidos pelo chefe do Modelo Continente de Ermesinde quando iam contactar os trabalhadores da loja.

No dia 26 de Setembro, dirigentes sindicais do CESP entraram na loja Modelo Continente de Ermesinde na sequência de comunicação à empresa de que iriam contactar os trabalhadores da loja na área social, como é prática acordada com a empresa e exercida em todas as lojas Continente do país.

Estranhamente, a chefe de loja em exercício nesse dia, Susana Pinto, informou-os de que não iriam para a área social e sim para uma sala de reuniões, ao que os dirigentes responderam não ser esse o acordo existente com a empresa e sim contactar os trabalhadores na área social, onde, aliás, está colocado o placar sindical do CESP para afixação da informação e propaganda do Sindicato.

Naturalmente, os dirigentes entraram na área social para afixação de comunicados actualizados, sendo de imediato insultados aos gritos e agredidos pela referida chefia de loja em permanência.

A agressão a uma das dirigentes do CESP levou a que a mesma tivesse necessidade de assistência na urgência hospitalar onde fez exames e foi medicada.

O CESP confrontou de imediato a Direcção de Recursos Humanos da Sonae e irá oficiar a empresa sobre o sucedido.

Tais práticas, inaceitáveis num regime democrático em que o exercício e liberdade sindical são princípios constitucionais, terão de merecer veemente repúdio e consequências por parte da Sonae, bem como a garantia de que não voltarão a repetir-se.

A Sonae, uma das maiores empresas do sector da distribuição, não pode permitir tais práticas que, infelizmente, sabemos acontecerem em muitos locais de trabalho desta empresa, criando ambientes repressivos, de enorme pressão e hostis quer aos representantes sindicais quer aos próprios trabalhadores.

Não é de estranhar, pois, que a conclusão de um recente estudo da DECO coloque os trabalhadores dos supermercados como grande fatia dos trabalhadores em risco de burnout, ou seja, de colapso/exaustão psiquiátrica e física.

O CESP vem denunciando há muito tempo esta ser um dos factores da brutal exploração a que os trabalhadores das empresas de distribuição estão sujeitos.

O CESP continuará a lutar pela liberdade sindical em todos os locais de trabalho e pela melhoria das condições de vida e de trabalho de todos os trabalhadores do sector.

FONTE: CESP