A trabalhadora vítima de assédio moral na corticeira Fernando Couto garante que vai resistir até não ter forças e o sindicato também promete ir até às últimas consequências.
O SOCN - Sindicato dos Corticeiros do Norte promoveu uma Conferência de Imprensa, ontem, onde acusou a corticeira de fazer terrorismo psicológico, ao obrigar 31 trabalhadores a virem ao portão da empresa, seu horário laboral, enquanto trabalhadora vítima de assédio moral ficou dentro da fábrica sozinha.
O sindicato acusa a empresa de estar fora da lei e à margem da lei por não cumprir a sentença do tribunal e afrontar a ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho.
Informou, também que a empresa tentou aliciar a trabalhadora para que vendesse o seu posto de trabalho e saísse da empresa, coisa que a trabalhadora não aceitou porque precisa do seu posto de trabalho.
Como se não bastasse isso tudo, a empresa recorre ao terrorismo psicológico, autorizado os restantes trabalhadores a sair, durante o período de trabalho, numa suposta solidariedade com os próprios patrões.
Para o SOCN, o Estado de Direito não pode compactuar com a situação vivida na corticeira e exige que haja respeito pela dignidade humana e pelos direitos laborais desta trabalhadora – que o sindicato vai apoiar e defender por todas as formas até que se cumpra a legalidade e respeite a dignidade.