Greve dos trabalhadores dos hiper e supermercados

Para exigir a revisão do Contracto Colectivo de Trabalho e o aumento dos salários, entre outras reivindicações, os trabalhadores dos hipermercados, supermercados e outros estabelecimentos da grande distribuição estarão em greve amanhã, 12 de Setembro, durante todo o dia.

A partir das 11:00 horas os trabalhadores realizam uma concentração de protesto em frente à sede da APED - APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, em Lisboa.

Sobre esta greve, o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços dirigiu-se hoje aos trabalhadores através do seguinte comunicado:

Temos todos os motivos para aderir à greve de dia 12 de Setembro e participar na concentração às 11h frente à sede da APED em Lisboa

Temos todos os motivos para aderir à greve e participar na concentração:

· Os salários da tabela salarial do Contrato Colectivo de Trabalho, em 8 anos subiram apenas 11,47 euros, enquanto os lucros das empresas subiram muitos milhões;

· Em 8 anos o poder de compra dos nossos salários reduziu mais de 10%;

· Os valores salariais são iguais ou pouco acima do salário mínimo nacional;

· Os salários contratuais são superiores para os trabalhadores dos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal e inferiores em todos os outros distritos do país;

· As lojas e armazéns funcionam todos os dias com menos trabalhadores do que os necessários para o trabalho existente, levando à exaustão os trabalhadores que ainda resistem nos locais de trabalho;

· A discriminação e gritante injustiça na carreira dos operadores de armazém que exigem carreira idêntica à que está consagrada no CCT para os operadores de loja.

· Os horários de trabalho completamente desregulados e os ritmos de trabalho extenuantes que impedem a conciliação com a vida familiar e prejudicam a saúde;

As empresas e a Associação Patronal têm o dever de negociar a revisão dos salários sem exigir a contrapartida da redução do valor pago pelo trabalho suplementar.

Os baixos salários não são uma inevitabilidade. É imperioso o aumento dos salários e a correcção da injustiça na carreira dos operadores de armazém.

A participação na concentração será a face visível da greve. A presença dos trabalhadores das diferentes empresas é fundamental.

Vamos, mais uma vez, fazer ouvir a nossa voz e exigir:

· O aumento dos salários de todos os trabalhadores

· O fim da tabela B e consequente aplicação da tabela mais alta a todos os trabalhadores do sector

· A promoção automática dos operados de armazém até ao nível de especializado

· A resolução dos problemas e reivindicações dos trabalhadores e cumprimento do CCT e da Lei nas empresas

O CESP tem transportes organizados. Inscreve-te para o autocarro.

 

Fonte: CESPO