Os trabalhadores dos call-centers da EDP, contratados através da Randstad, estiveram ontem em greve contra a precariedade e os seus efeitos graves na remuneração e na instabilidade. Depois de reunidos no Cais do Sodré, pelas 10 horas, os trabalhadores realizaram uma concentração frente à nova sede da EDP, na Avenida 24 de Julho, seguindo depois em manifestação até à Assembleia da República onde entregaram uma moção com as suas justas reivindicações. Os trabalhadores em luta contaram com a solidariedade e presença de Arménio Carlos, Secretário-geral da CGTP-IN.
A empresa não actualiza salários desde 2012, excepto os casos em que isso resultou da actualização do salário mínimo nacional. Os trabalhadores exigem um euro por dia (30 euros por mês), enquanto a Randstad respondeu com um euro por mês. Reclamam também a integração do pessoal dos call-centers nos quadros da EDP. Pelos mesmos motivos, já se realizaram greves de 48 horas, a 25 e 26 de Julho (com uma concentração, no primeiro dia, em Lisboa, frente à sede da multinacional de trabalho temporário) e a 20 e 21 de Junho. Esta luta diz respeito a cerca de 1500 trabalhadores, que são necessários todos os dias para o funcionamento dos serviços de apoio aos clientes da EDP, mas que, nalguns casos, encontram-se em regime de prestação de serviços há mais de 25 anos.