Petrogal: ataque feroz à contratação colectiva e aos direitos dos trabalhadores

20160629 Petrogal PNRTO Plenário Nacional de Representantes dos Trabalhadores da Petrogal (Grupo Galp Energia) acusou a administração de degradar as relações laborais na empresa, porque sem fundamento ataca a contratação colectiva e os direitos. A posição do Governo e da ACT voltou a ser criticada e levou mesmo a uma deslocação a Beja, no final dos trabalhos.

Os representantes dos trabalhadores da Petrogal reuniram-se no dia 29 de Junho, em Sines, para analisarem o processo de luta que responde à ofensiva patronal, desencadeada em Março de 2013.

Numa resolução aprovada no plenário nacional, afirma-se que nenhuma razão assiste à administração para atacar os direitos dos trabalhadores. Recorda-se, a propósito, que a empresa tem, ao longo dos anos, obtido lucros fabulosos, só possíveis devido ao esforço empenhado dos trabalhadores.
Os direitos conquistados por várias gerações de trabalhadores nunca foram um entrave para que a Petrogal alcançasse os seus objectivos produtivos. Na resolução afirma-se mesmo que, pelo contrário, a normalidade das relações laborais na empresa é que permite a estabilidade necessária ao seu desenvolvimento.
Ora, o conflito criado pela Administração, com o ataque feroz à contratação colectiva e aos direitos dos trabalhadores, tem contribuído para a continuada e crescente degradação das relações laborais na empresa.

Em todo este processo, o comportamento das instâncias oficiais (designadamente, os ministérios do Trabalho e da Economia e a Autoridade para as Condições do Trabalho) tem sido deplorável, caracterizando-se pelo apoio incondicional às ilegítimas e ilegais posições da administração.

Continuar a luta
Os representantes decidiram realizar, oportunamente, plenários de trabalhadores com vista a fazer o ponto da situação, discutir e aprovar as formas para continuidade e intensificação da luta.
No plano jurídico, os sindicatos e a Comissão Central de Trabalhadores vão continuar a acompanhar os processos em tribunal.
No plano institucional, vão continuar a promover as acções que se mostrarem necessárias para demover os ministérios e a ACT das suas posições de subserviência aos ditames da administração da Petrogal. Vai ser solicitada uma reunião ao Ministério do Trabalho no curto prazo.

Protesto em Beja
Para exigir respostas a queixas já apresentadas há muito tempo, foi decidido no plenário que uma delegação alargada dos representantes dos trabalhadores da Petrogal deveria deslocar-se aos serviços da ACT em Beja (Unidade Local do Litoral e Baixo Alentejo), de tarde.

FONTE: FIEQUIMETAL