Os trabalhadores despedidos do casino da Póvoa voltaram ontem à luta contra o despedimento, a discriminação e pela reintegração nos seus postos de trabalho. A Varzim Sol, S. A., concessionária da zona de jogo da Póvoa de Varzim, despediu 21 trabalhadores há cerca de um ano, 20 dos quais da área do jogo. Entretanto, a empresa já contratou 18 novos trabalhadores para a mesma área do jogo.
Estas novas contratações vêm dar razão aos trabalhadores e ao sindicato que sempre defenderam que não havia motivo para o despedimento colectivo. O despedimento colectivo, realizado no quadro social em que se realizou, com níveis de desemprego altíssimos que atingiram todas as famílias portuguesas, e a falta de alternativas, resultou num drama social para os trabalhadores afectados e suas famílias.
Nenhum trabalhador despedido do casino da Póvoa conseguiu até hoje um novo emprego.
Ao contratar novos trabalhadores, a Varzim Sol deveria ter dado prioridade aos antigos trabalhadores, minimizando a situação social grave criada por si e beneficiando da experiência e qualificação dos antigos trabalhadores.
Contudo, não foi essa a opção da empresa, pois não chamou nenhum dos anteriores trabalhadores, o que revela a falta de sensibilidade social da administração do casino da Póvoa e a confirmação que o despedimento colectivo serviu apenas para a empresa ver-se livre de trabalhadores que não abdicavam dos seus direitos.
Por isso, os trabalhadores voltaram à luta com uma concentração à porta do casino, para protestar contra o despedimento e reclamarem a sua reintegração nos postos e locais de trabalho. E prometeram voltar à luta pois a razão está do lado dos trabalhadores.
FONTE: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte