Os trabalhadores da Petrogal em Tribuna Pública na GalpEnergia

20150220PetrogalTrabalhadores das várias instalações da Petrogal realizaram, esta manhã, à hora em que decorria a Assembleia Geral da GalpEnergia, 10,30 horas, uma Tribuna Pública para protestar e denunciar a situação social vivida na empresa e exigir o retomar das negociações do Acordo de Empresa, o aumento dos salários e o respeito pelos direitos contratuais e sociais, designadamente a defesa dos actuais regimes de saúde e de reformas.

Durante esta acção foi entregue à Administração um abaixo-assinado dos trabalhadores e distribuiu-se um comunicado aos accionistas a explicar as razões pelas quais vão ser realizados, ainda este mês, plenários para aprovação de greves.

As razões de luta dos trabalhadores assentam na exigência de aumento dos salários, na defesa da contratação colectiva e no cumprimento dos direitos, tendo em atenção o seguinte:

Nos últimos quatro anos a GalpEnergia acumulou lucros de 1 294 milhões de euros

No mesmo período, foram distribuídos 892 milhões de euros de dividendos aos accionistas (aumento de 20%, em cada ano)

Nestes quatro anos, a Administração recusou negociar a actualização dos salários dos trabalhadores

Ainda mais grave: a Administração lançou uma ofensiva sem precedentes contra os direitos laborais e sociais dos trabalhadores, incluindo a pretensão de desmantelar os actuais regimes de saúde e de reformas

Agravou-se, também, o clima social interno, com o recrudescimento do uso de métodos de coacção psicológica, numa estratégia de afrontamento, silenciamento e pressão sobre os trabalhadores e que visa, sobretudo, "empurrá-los" para fora da empresa, com o claro objectivo de prosseguir o recurso ao trabalho de empresas exteriores, onde o outsourcing tem sido o caminho seguido.

No comunicado dirigido aos accionistas, os trabalhadores afirmam a exigência de serem respeitados na sua dignidade e no seu valor profissional. Reiteram que não suportam mais continuarem a ser sistematicamente violentados nos seus direitos legais e constitucionais e reclamam justiça, o que implica uma justa distribuição da riqueza que eles produzem todos os dias na empresa. Lembram, ainda, aos accionistas, que não se esqueçam que para receberem dividendos a empresa tem de produzir, ou seja, precisa dos TRABALHADORES!

FONTE: FIEQUIMETAL