Renoldy ameaça lançar trabalhadores no desemprego

reynoldyOntem dia 13 de Abril, os trabalhadores da Renoldy S.A, empresa de produção de leite sediada em Alpiarça, começaram a receber cartas da administração dando conta de que a fábrica iria encerrar no próximo dia 30 de Abril.

A União dos Sindicatos do Distrito de Santarém (USS/CGTP-IN) e o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e da Indústria da Alimentação, Tabacos e Bebidas de Portugal (SINTAB), repudiam o comportamento da administração da Renoldy S.A que deveria ter como preocupação encontrar soluções para a viabilização da unidade em Alpiarça, em vez de optar por encerrar a fábrica e empurrar 56 trabalhadores para o desemprego. Consideram que é "má fé" e uma deslealdade total para com os trabalhadores que desde 2004 dão o seu melhor diariamente, limitar-se a informar por escrito os mesmos.

Este comportamento revela sobretudo que a intenção de lay-off não passou de uma manobra dissuasora com vista a que os trabalhadores fossem para casa enquanto a fábrica ficava no controlo de "não se sabe bem quem" e com que finalidades, enquanto simultaneamente a administração veria entrar em caixa milhares de euros provenientes da Segurança Social que serviriam para pagar compensações no encerramento agora anunciado.

Da parte da USS/CGTP-IN e do SINTAB, todos os esforços serão desenvolvidos (políticos ou jurídicos) no sentido de a Renoldy não encerrar e para que os 56 postos de trabalho se mantenham.

Vão, ainda, ambas as entidades solicitar reuniões conjuntas de carácter urgente com o Sr. Ministro da Economia, à respectiva Comissão Parlamentar e aos Grupos Parlamentares com representação do distrito de Santarém.

A USS/CGTP-IN e o SINTAB consideram que o processo da Renoldy ainda não está encerrado e que restam muitas explicações sobre o que está a acontecer e sobre que medidas pondera o poder político tomar para que não sejam destruídos mais 56 postos de trabalho.

O possível encerramento da Renoldy é uma perda para os trabalhadores, para o concelho de Alpiarça e para a produção nacional.

FONTE: U. S. SANTARÉM