Não há razões para regozijos no dia Mundial da Saúde

dia mundial saúdeNo dia Mundial da Saúde, o SEP - Sindicato dos Enfermeiros Portugueses realça a diminuição e degradação dos serviços de saúde. O impacto das medidas de austeridade impostas, especialmente por este Governo, no Serviço Nacional de Saúde está monitorizado. A diminuição dos serviços de atendimento permanente sem a garantia da existência de consultas associado aos cerca de 2 milhões de portugueses que continuam sem enfermeiro/médico de família determinou uma maior afluência de cidadãos aos serviços de urgência e consequentemente o aumento da mortalidade, com maior impacto, nos idosos.

 

A degradação das condições económicas, o aumento do desemprego e consequentemente do numero de cidadãos, com especial incidência nas crianças, em risco de pobreza terá como consequência uma diminuição dos indicadores de saúde. O aumento da percentagem de portugueses vitimas de doença do foro psicológico não foi acompanhado com as respostas necessárias para além do aumento de anti-depressivos.

O SEP realça que em 10 anos foi em Portugal que se perdeu mais anos (14) de esperança de vida saudável, após os 65 anos. A perda irreparável de recursos humanos necessários, em particular, quando essa perda significou a perda de anos de experiência.

Os constrangimentos na admissão, a redução da massa salarial (cortes de 50% no pagamento do trabalho extraordinário e horas penosas), o não desenvolvimento nas carreiras e a degradação das condições de trabalho (impedimento do gozo direitos, imposição das 40 horas de trabalho, a subcontratação, etc) determinou que muitos profissionais emigrassem e/ou se aposentassem precocemente.

As medidas deste Governo relativamente ao SNS são de RACIONAR em vez de RACIONALIZAR razão pela qual, no Dia Mundial de Saúde se exige uma mudança de politica e a obrigatoriedade de voltar a garantir as respostas em função de todas as necessidades e, cuidados de saúde, dos cidadãos.

Fonte: SEP