CP usou a PSP para expulsar trabalhadores do seu local de trabalho esta manhã

CP USOU A PSP PARA EXPULSAR OS TRABALHADORES DO LOCAL DE TRABALHOOs seguranças, aos empurrões, e logo a seguir a PSP, a mando da CP - Comboios de Portugal, impediram hoje os trabalhadores dos bares dos comboios de permanecerem nos seus postos de trabalho, ameaçando-os com o uso da força. A acção da PSP é ilegal neste contexto, uma vez que as autoridades policiais não se podem intrometer na actividade sindical e laboral, acusa a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.

Comunicado de imprensa da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal:

CP USOU A PSP PARA EXPULSAR OS TRABALHADORES DO LOCAL DE TRABALHO

Os trabalhadores da Risto Rail, que exercem funções nos comboios Alfa Pendular e Intercidades, apresentaram-se hoje ao serviço e ocuparam os seus postos de trabalho nos bares dos comboios Alfa Pendular das 6:40 horas e Intercidades das 6:50 horas.

A CP Comboios de Portugal, que deveria ter tomado conhecimento da decisão dos trabalhadores, já tinha solicitado a presença da PSP, tendo comparecido cerca de uma dezena de agentes.

Mal os trabalhadores entraram nos comboios, os seguranças, aos empurrões e logo a seguir a PSP, impediram os trabalhadores de permanecerem nos seus postos de trabalho, ameaçando-os com o uso da força.

Os comboios acabaram por sair da estação de Campanhã, embora atrasados.

A atuação da PSP é ilegal, pois as autoridades não se podem intrometer na atividade sindical e laboral.

Recorde-se que os bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades continuam encerrados porque a CP decidiu suspender o contrato com a concessionária e o serviço de refeições e ambas as empresas não se entendem quanto à reabertura dos bares.

Os trabalhadores estão há cinco meses com os seus salários reduzidos e impedidos de exercer funções.

Os 120 trabalhadores em causa exigem a ocupação efetiva dos seus postos de trabalho e o exercício de funções profissionais, o pagamento dos salários com 100% e a garantia dos postos de trabalho.

Lisboa, 6 de agosto de 2020