Trabalhadores do Grupo José Mello Saúde avançam para a luta

grupo melloForam realizados no último mês Plenários de Trabalhadores em diversas unidades do Grupo José Mello Saúde – CUF Descobertas, CUF Belém, CUF Miraflores, Contact Center - com destaque para a participação de mais de 50 trabalhadores no plenário realizado na CUF Infante Santo.

Nestes plenários foram discutidos diversos assuntos do interesse dos trabalhadores tendo sido decidido avançar com acções de luta caso a empresa se recuse a aplicar de imediato a convenção colectiva de trabalho subscrita pelo CESP nomeadamente no que se refere ao pagamento de diuturnidades.

Sendo de enaltecer a determinação e a coragem dos que estiveram presentes, é da maior importância de todos para a defesa dos seus direitos e da sua convenção colectiva de trabalho, pois só com Unidade na Luta e na Acção os trabalhadores do Grupo José Mello Saúde vão conseguir alcançar os seus objectivos.

 

 

 

Actividade Sindical:

No passado dia 21 de Novembro, o CESP reuniu com o Grupo José de Mello Saúde, na sua sede, onde foram debatidos diversos assuntos:

Desconto no vencimento referente a ausências inferiores a 1 dia de trabalho;

Desconto no vencimento de faltas justificadas sem perda de retribuição (Ex. consultas, reunião escolares);

Considerada falta injustificada com perda de retribuição nos períodos de deslocação superior a uma hora para ida a consulta médica e reunião escolar sem ter em conta a distância percorrida;

Obrigatoriedade de marcação de férias com um mínimo de 3 dias sendo que no período de Verão é autorizado um máximo 10 dias úteis;

Cumprimento com os horários/escalas de trabalho;

Colocar a zero as horas que a empresa coloca como negativas e pagamento de trabalho extraordinário das horas positivas;

Marcações de folgas em dia feriado sendo que as folgas não são sequenciais;

Gozo de tolerância de ponto (feriado municipal/terça-feira de Carnaval) no dia da folga;

Pressão e repressão aos trabalhadores, nomeadamente, quando pretendem efectivar os seus direitos;

Sistema de avaliação de desempenho transparente e com objectivos realistas;

Afixação de Mapas de férias;

Discriminação Salarial dado que só uma parte dos trabalhadores foram aumentados;

Obrigatoriedade de realizar Formação Profissional fora do horário de trabalho e sem pagamento de trabalho suplementar;

Discriminação na atribuição do seguro de saúde, nomeadamente aos trabalhadores com part-time de 25 horas;

Discriminação do subsídio de refeição existindo no grupo JMS trabalhadores com um valor de 6,23€/dia e outros com 0,23€/hora;

Os critérios para atribuição de pagamento de horário flexível não estão disponíveis para consulta e a informação é escassa;

Efectiva aplicabilidade aos sócios do CESP do CCT em vigor;

O Grupo José de Mello saúde (JMS) assumiu o compromisso de resolução de problemas referentes ao cumprimento dos horários e da entrega atempada das escalas de trabalho, da marcação e afixação do mapa de férias, de não serem descontados minutos nos salários, que as folgas têm de ser sequenciais, da realização prévia de reunião referente à avaliação de desempenho, que a formação profissional seja realizada no horário de trabalho e excepcionalmente se realizada fora do horário de trabalho remunerada como trabalho suplementar.

Dizem rejeitar qualquer tipo de pressão ou repressão sobre os trabalhadores e que estes devem denunciar tais comportamentos para serem tomadas medidas.

Apresentámos a proposta para que fosse realizado exame auditivo no âmbito da medicina no trabalho.

Manifestámos o nosso descontentamento pela ausência de resposta ao que foi estabelecido na ultima reunião no Ministério do Trabalho no que se refere ao desconto no vencimento de faltas justificadas, nomeadamente, as dadas por motivos de saúde ou por motivos legais.

Manifestámos também a nossa perplexidade pelo facto da JMS não ter participado no simulacro de incêndio realizado no Edifício do Entreposto (Contact Center) demonstrando pouca preocupação com os trabalhadores.

Exprimimos o nosso repúdio pela retirada, alegando motivos económicos, do direito de comparticipação em próteses oculares que fazia parte dos seguros de saúde para os trabalhadores.

Todas estas matérias que não estejam a ser cumpridas pelo Grupo José Mello Saúde devem ser de imediato reportadas aos Delegados Sindicais e ao Sindicato para que possamos exigir o seu cumprimento.

Continuamos a exigir a aplicação imediata aos sócios do CESP do CCT em vigor, repudiando a recusa da sua aplicação pelo Grupo JMS.