Três dias de greve para exigir resposta positiva da Renault Cacia

20150514RenaultCaciaApós intensa discussão sobre a evolução da empresa e perante a falta de respostas às suas legitimas reivindicações, o trabalhadores da Renault Cacia avançam para a greve nos dias 7, 10 e 12 de Novembro.

A luta será determinante para forçar a administração da Renault Cacia a ter uma postura construtiva e de diálogo para responder ao reivindicado pelos trabalhadores, salienta o SITE Centro-Norte, no comunicado sobre a greve convocada para dias 7, 10 e 12.

O sindicato refere que os trabalhadores, reunidos em plenários nos dias 27 e 28 de Outubro e após uma intensa discussão sobre a situação actual da empresa, decidiram avançar com um pré-aviso de greve para os dias 7, 10 e 12 de Novembro, com paralisação de 24 horas em cada um dos dias.

Apesar de todos os esforços feitos pelas organizações representativas dos trabalhadores, na procura da via do diálogo, a falta de respostas às legitimas reivindicações expressas numa resolução aprovada em plenários, em Abril deste ano, levou a que não restasse outra alternativa senão avançar para a greve.

No comunicado, salienta-se ainda o agravamento do clima social na empresa, potenciado por uma administração que tem fomentado um clima social tóxico e desmotivador, onde são frequentes as posições e posturas desajustadas de alguns superiores hierárquicos, que depois se reflectem no terreno, nas chefias e operadores.

Existe uma promoção para a competitividade em que todos os meios justificam o fim, é o chamado “salve-se quem puder”, instalando-se um sentimento de frustração colectiva pela falta de reconhecimento da Administração pelo empenho e dedicação dos trabalhadores.

Mesmo depois dos inúmeros alertas concretizados pelas ORT sobre a pressão e ritmos de trabalho elevados, estes não param e reflexo disso são os acidentes de trabalho, alguns deles gravíssimos. Também o número de baixas por doença profissional não tem parado de aumentar devido à falta de condições de trabalho e porque se exige cada vez mais do trabalhador, tanto a nível físico como psicológico.

FONTE: FIEQUIMETAL