Fechar centrais a carvão exige informação e precaução

20191101centralSines arquivo«Não somos recicláveis», destaca o SIESI, num comunicado aos trabalhadores da PEGOP e da EDP sobre a alteração das datas previstas para o encerramento das centrais termoeléctricas no Pego e em Sines.

O sindicato considera que a reviravolta nas datas reveste-se de contornos estranhos, assumindo as “dores” dos cumpridores exemplares que batalham por 2021 e 2023, respetivamente. Em Portugal, trata-se assim de duas centrais a carvão, mas há países como, por exemplo, a Alemanha onde existem muito mais centrais e o seu encerramento está previsto para muito mais tarde.

Nas duas instalações há cerca de seis centenas de trabalhadores, com vínculos à EDP, em Sines, à Pegop, no Pego, e a prestadores de serviços (precários) em ambas.

Com o encerramento, muitos desses trabalhadores, longe da idade da reforma, conheceriam o desemprego e os concelhos de residência ou próximos não oferecem alternativas de futuro.

A vida da população não deixaria também de ser profundamente afetada.

Foi já solicitada pelo sindicato, que mantém contactos com a Pegop, uma reunião urgente à EDP sobre o caso de Sines. Para o primeiro-ministro e o ministro do Ambiente já seguiram pedidos de audiência, bem como para o Presidente da República.

FONTE: FIEQUIMETAL