Os professores reafirmaram hoje, com mais um dia fortíssimo de greve, que exigem respeito e tratamento justo.
- 9 anos, 4 meses e 2 dias, nem menos um dia, ainda que disponíveis para negociar o prazo e o modo, como impõe a lei;
- Regras próprias para a aposentação, que garantam o rejuvenescimento da profissão;
- Horários de trabalho que não vão além das 35 horas estabelecidas na lei;
- Combate efetivo à precariedade e concursos justos.
Eis as 4 reivindicações que estão no topo do enormíssimo protesto dos professores, que se expressa numa tremenda adesão a uma greve que continua a inviabilizar acima de 95% das reuniões de avaliação previstas para este final de ano letivo.
Nas escolas, mesmo onde surgem tentativas de impor práticas ilegais, os professores estão firmes e determinados, não cedendo a pressões e fazendo chegar à FENPROF denúncias sobre situações que merecerão acompanhamento ou, sempre que se justifique, procedimentos adequados junto da Inspeção-Geral de Educação e do Ministério Público, nos casos mais graves, em que é violado o direito à greve.
Estão valentes os professores e nada os desarma, pelo contrário. Pronunciamentos injustos ou tentando passar mentiras, feitos por governantes ou comentadores, apenas fazem aumentar os níveis de indignação; tentativas de impor práticas ilegais, como aconteceu com o envio de nota informativa pela DGEstE, ou atentados ao exercício do direito à greve, como a eventual fixação de serviços mínimos que seriam serviços máximos, são entendidos pelos professores, e bem, como provocações.
Face à situação que se está a viver, a FENPROF reafirma que só há uma maneira de o Governo parar a contestação: voltar à mesa das negociações e, sem chantagem, apresentar propostas que sejam bases negociais positivas para resolver os problemas que levam os professores à greve. Propostas que, quanto à recuperação do tempo de serviço, terão de respeitar os domínios que a lei estabelece: prazo e modo. O tempo, para os professores, não se negoceia porque já está cumprido!