Greve no IPMA pela reposição do suplemento de embarque e mergulho

Sem resposta do Governo às suas reivindicações, os trabalhadores do IPMA preparam já uma greve de solidariedade, no próximo dia 4 de Maio.
RTP 3

 

Os trabalhadores de investigação/monitorização dos recursos marinhos, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera vão prosseguir a sua luta, com nova greve a partir de 2 de Maio, e os trabalhadores do IPMA preparam já uma greve de solidariedade, no próximo dia 4 de Maio.

O Governo continua sem dar resposta às exigências dos trabalhadores de investigação/monitorização dos recursos marinhos, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, de reposição do suplemento de embarque e mergulho, que lhes foi retirado em 2012, apesar de ter sido posto em causa o cruzeiro de investigação, relativo à avaliação dos “stocks” da sardinha, devido à greve levada a cabo entre o dia 9 e o dia 24 de Abril.

No passado dia 19, data prevista para a saída do navio “Noruega”da doca de Pedrouços, os trabalhadores entraram em greve, impedindo o início do cruzeiro de cerca de um mês, não se perspectivando quando o mesmo poderá concretizar-se, atendendo a que há já um novo período de greve anunciado de 2 a 18 de Maio.

O Governo transmitiu à Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, numa reunião realizada no passado dia 19, a sua preocupação pela possibilidade de este cruzeiro não se realizar ou adiado, tendo em conta que o mesmo serviria para confirmar o aumento dos “stocks”de sardinha, o que é muito importante para o sector da pesca do cerco.

Contudo, esta preocupação esfumou-se nas horas imediatas quando, num esforço da nossa parte, de resolução deste conflito, apresentámos uma proposta que poderia, no imediato, resolver o problema.

O respeito pelas regras do défice – leia-se, pelas regras de retirar direitos aos trabalhadores! - parece ter-se sobreposto ao interesse nacional de dinamização do sector da pesca da sardinha. E deste modo, o alargamento da percentagem da remuneração correspondente a horas extraordinárias a receber pelos trabalhadores não se pode concretizar, apesar de estarmos a falar de um processo que abrange, no máximo doze trabalhadores.

Este governo volta a pôr em primeiro lugar, os interesses dos outros, em detrimento dos interesses do País. Tem contra si os trabalhadores do IPMA, os armadores e os pescadores, mas o que vale isso, perante um lugar de presidente do Banco Central Europeu? E a vã glória de cumprir o défice?

Os trabalhadores de investigação/monitorização vão prosseguir a sua luta, com nova greve a partir de 2 de Maio e os trabalhadores do IPMA preparam já uma greve de solidariedade, no próximo dia 4 de Maio.