Apesar da tentativa da Amorim & Irmãos - Unidade Equipar, em Coruche, de obstaculizar a realização dos últimos plenários, numa clara violação da lei, a proposta da empresa de horários de turnos contínuos de 12 horas foi amplamente rejeitada pelos trabalhadores de forma expressa numa posição escrita colectiva que já recolheu 50 assinaturas e continua a circular e a ser subscrita.
A este propósito foi hoje emitido o seguinte comunicado pelo STCCMCS - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores e Cortiças do Sul e Regiões Autónomas:
Comunicado aos trabalhadores da Amorim-Equipar
TRABALHADORES REJEITAM HORÁRIOS DE 12 HORAS DE TRABALHO
que atacam a saúde e reduzem a retribuição
A Direcção do Sindicato valoriza a unidade, solidariedade e coesão dos trabalhadores da Amorim & Irmãos – Unidade Equipar, em Coruche, pela sua fundamentada rejeição aos horários de turnos contínuos de 12 horas que a administração pretende introduzir para cerca de 60 trabalhadores da fábrica.
Este tipo de horário concentrado em 3 dias de turnos contínuos, visa acabar
com o sábado e o domingo como dias de descanso, tornando-os dias de
trabalho normal e obrigatório.
Apesar da tentativa da empresa de obstaculizar a realização dos últimos plenários, numa clara violação da lei, imediatamente denunciada junto da ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho) e reposta a legalidade, a adesão elevada aos plenários foi a melhor resposta dos trabalhadores.
Este tipo de horário acarretaria, desde logo:
> Implicações gravosas de organização e conciliação da vida pessoal e familiar dos trabalhadores;
> Consequências negativas na saúde (diversos estudos científicos comprovam que trabalhar mais de 8 horas diárias provoca danos irreparáveis na saúde, agravados com o facto de serem praticados em regime de turnos contínuos);
> Redução na retribuição mensal (pois o trabalho extraordinário, em especial aos sábados e domingos, passaria a ser normal, sem pagamento nem descanso compensatório).
Por todas estas e outras razões, a proposta da empresa foi amplamente REJEITADA, de forma expressa e clara numa posição escrita colectiva, que já recolheu 50 assinaturas e continua a circular e a ser subscrita.
Esta posição é remetida à administração e à ACT, nesta data, em simultâneo com um novo pedido de reunião urgente com a empresa para que tenha em conta a opinião expressa pelos trabalhadores e altere as suas intenções.
A RAZÃO, UNIDADE E FORÇA DOS TRABALHADORES SÃO DETERMINANTES
PARA DEFENDER O HORÁRIO DE TRABALHO ACTUAL!
Voltaremos a realizar plenários em breve, após esta reunião.