O Governo diz apostar na valorização, mas a sua prática contraria o discurso. As Escolas Públicas – professores, estudantes e famílias – sentem-se enganadas!
Depois de verem homologados os cursos profissionais para o ciclo 2017-2020, o que também traduzia a garantia de financiamento, estão agora, três meses depois, sem saber se, afinal, este existirá ou não.
O concurso que abriu para acesso ao financiamento não as contempla e ninguém sabe dizer se haverá ou não fonte alternativa de financiamento. Algumas escolas decidiram avançar com verbas que não sabem se receberão, enquanto outras optaram por não o fazer, sendo as famílias que, nesses casos, suportam a despesa. Esta é a situação vivida por um subsetor que o governo diz pretender valorizar, mas cujo financiamento recusa assumir, fazendo-o depender, integralmente, de fundos comunitários.
A manter-se a situação, é a morte anunciada dos cursos profissionais nas escolas públicas. Muitos alunos poderão vir a engrossar as taxas de abandono escolar e, como estes cursos representam uma forte fatia da oferta das escolas, o seu não financiamento e consequente encerramento pode fazer disparar em flecha o número de professores sem componente letiva atribuída, isto é, de horários-zero.
O SPRC/FENPROF fez um levantamento do número de cursos que se iniciaram, este ano, nas escolas públicas da região centro e irá divulgar, em Conferência de Imprensa, o que concluiu e as consequências que se preveem. Esta Conferência de Imprensa terá lugar amanhã, sexta-feira, dia 29, pelas 15:30 horas, em Coimbra, na Escola Secundária Avelar Brotero, de todas, a mais atingida por esta situação na região centro do país.
Na Conferência de Imprensa, estarão presentes docentes de escolas afetadas por este grave problema, bem como a responsável nacional da FENPROF para o Ensino Profissional, Anabela Sotaia, e o Secretário-Geral da Federação. Convidamos os/as senhores/as Jornalistas a acompanhar a Conferência de Imprensa.