O Pingo Doce continua a discriminar trabalhadores no que diz respeito aos salários. A mesma empresa que fechou o ano de 2016 com resultados líquidos (lucros) de milhões de Euros que distribuiu aos acionistas, continua a aproveitar-se da tabela B para pagar menos aos trabalhadores, ao contrário de outras empresas que já aplicam a tabela A em todo o país. O Pingo Doce faz dos baixos salários a política da empresa.
O Pingo Doce tem trabalhadores em lojas por todo o país. Para um trabalhador com a mesma categoria profissional, há salários diferentes.
No âmbito da denúncia e combate a esta discriminação, o CESP vai promoveu uma iniciativa de carácter público à entrada Pingo Doce de Espinho, no dia 25 de Setembro.
Em declarações à agência Lusa, a dirigente do CESP Cláudia Pereira explicou que em causa estão as "duas tabelas salariais diferentes" previstas no Contrato Coletivo de Trabalho da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED): "
A tabela A, que se aplica a todos os trabalhadores dos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal, e a tabela B, que se aplica aos restantes trabalhadores do país".
"Por esta via, há trabalhadores (aos quais é aplicada a tabela B) a receberem menos 30 euros por mês no seu salário", afirma, sustentando tratar-se de uma "injustiça muito evidente nos trabalhadores de hipermercados".
Segundo o CESP, "ao contrário de outras empresas que já aplicam a tabela A em todo o país", o Pingo Doce "continua a aproveitar-se da tabela B para pagar menos aos trabalhadores, discriminando-os no que diz respeito aos salários".
Fonte: CESP e LUSA