Os trabalhadores da Resiestrela – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., voltam a paralisar na próxima segunda-feira, 18, para exigir aumentos salariais, o descongelamento das progressões, o direito à contratação colectiva e o desbloqueio das negociações do caderno reivindicativo.
Os trabalhadores desta empresa, com sede no Fundão, auferem os mais baixos salários das 11 unidades de tratamento de resíduos que compõem o grupo EGF.
Alguns com mais de 15 anos de serviço continuam a receber apenas salário mínimo nacional (557 euros mensais), desempenhando funções qualificadas como conduzir ou operar máquinas pesadas e veículos especiais.
A esmagadora maioria não tem uma carreira profissional definida, servindo como «pau para toda a obra», situação ilegal que atenta contra a dignidade profissional destes trabalhadores.
Desde há anos que o STAL apresenta propostas para melhorar as condições de trabalho na empresa, mas a administração nunca demonstrou disponibilidade para negociar o que quer que fosse.
Após a greve de 14 de Agosto, que teve uma adesão geral que rondou os 80 por cento, os trabalhadores iniciaram uma greve ao trabalho extraordinário, que se prolongará até que a administração aceda a negociar e assinar um acordo de empresa.
Nos vários plenários entretanto realizados, os trabalhadores afirmaram-se determinados a prosseguir a sua legítima luta.
A Resiestrela é concessionária do sistema multimunicipal de triagem, recolha selectiva, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos de 14 municípios dos distritos da Guarda e Castelo Branco, designadamente Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Meda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso.
Lisboa, 15 de Setembro de 2017
Fonte: STAL