Ontem e hoje, em plenário realizado em sessões, os trabalhadores da Somincor decidiram dar à administração da multinacional canadiana a possibilidade de resolver até dia 13 os problemas apontados. Caso assim não seja, num próximo plenário geral, em Aljustrel, os trabalhadores decidirão os contornos da luta, que passará pela realização.
Os trabalhadores da Sociedade Mineira de Neves Corvo (Grupo Lundin Mining) exigem respostas sobre, nomeadamente:- os horários de trabalho dos trabalhadores adstritos à mina,
- a antecipação da idade da reforma para os trabalhadores adstritos às lavarias,
- a progressão nas carreiras,
- a política de prémios
- a pressão e repressão sobre os trabalhadores.
Numa nota hoje divulgada à comunicação social, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira refere, como conclusões do plenário:
1 - Os horários actualmente praticados (laboração contínua) compreendem cinco dias de trabalho e apenas um de descanso; a cada 17 dias de trabalho seguem-se apenas três dias de descanso; isto representa uma total desumanidade na organização do tempo de trabalho, dificultando ou mesmo impossibilitando a conciliação da actividade profissional com a vida pessoal e familiar dos trabalhadores.
A proposta da Administração contempla um horário diário de 10h42m no fundo da mina, onde os trabalhadores estão sujeitos a uma actividade extremamente penosa;
2 - Os trabalhadores das lavarias trabalham em regime de laboração contínua há mais de 30 anos e estão sujeitos também a uma actividade de elevada penosidade, mas têm direitos inferiores aos trabalhadores do fundo da mina;
3 - Os trabalhadores, de uma maneira geral, recebem hoje menos do que recebiam há 10 anos, se tivermos em conta a redução drástica dos montantes dos prémios e o congelamento das progressões na carreira.
07.09.2017
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineirados Trabalhadores da Indústria Mineira