A greve dos trabalhadores do Hospital Luz Saúde Arrábida, em Vila Nova de Gaia mantém-se para dia 21 de agosto, segunda-feira.
Os trabalhadores já responderem à carta que receberam da empresa recusando a transferência.
A empresa não alegou nenhum motivo de força maior ou imperativo para proceder à transferência do local de trabalho conforme obriga o CCT; a gestão do call center da Póvoa de Varzim vai ser assegurada por uma empresa que os trabalhadores desconhecem e com a qual nunca tiveram nenhum contrato; ao contrário do alegado, o Grupo Luz Saúde não vai concentrar a atividade de call center no Hospital Luz da Póvoa de Varzim pois esta atividade vai continuar noutros hospitais do grupo, como é o caso do Hospital da Luz Guimarães; o novo local de trabalho dista mais de 40 km; não há transportes públicos acessíveis e com horários adequados da estação do metro da Póvoa de Varzim para o Hospital da Luz Póvoa de Varzim; alguns trabalhadores para entrarem ao serviço às 8 horas na Póvoa vão ter de sair de casa às 5:30 horas e vão chegar a casa neste horário depois das 19 horas; não podem suportar custos com transporte por serem muito avultados; há prejuízos sérios e a transferência põe em causa o direito constitucional à conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar.
Não há nenhuma razão empresarial que justifique uma transferência de local de trabalho de uma mãe com um filho de meses que, para aceitar a transferência que lhe é imposta, seja obrigada a deixar de amamentar o filho, como acontecerá com uma trabalhadora e, muito menos, num grupo económico que distribuiu lucros ao acionista em 2016 de 17,4 milhões de euros.
Os trabalhadores vão realizar uma concentração de protesto à porta do Hospital Luz Arrábida a partir das 8 horas e vão distribuir um comunicado aos utentes.
FONTE: SINDICATO DA HOTELARIA DO NORTE