A FESETE e seus sindicatos filiados têm em curso de 3 a 7 de Abril uma Semana de Luta Reivindicativa nas empresas do sector têxtil, vestuário e calçado, pela melhoria dos salários dos trabalhadores, em particular os da produção e pela aplicação dos direitos plasmados nos contratos colectivos sectoriais.
Num período alto das actividades destes sectores nos últimos anos, com excelentes resultados nas exportações, no aumento do valor de produtos e serviços, no aumento da produtividade e da riqueza produzida, são de uma profunda injustiça os salários pagos a uma parte significativa dos trabalhadores da produção, uns no Salário Mínimo Nacional, outros apenas, um, dois, três ou quatro euros superiores. No caso do CCT-ATP, ameaçado de caducidade, os salários estão congelados desde 2011, apenas com as actualizações resultantes do Salário Mínimo.
Perante a imposição pelas associações patronais do modelo de baixos salários na negociação colectiva e do aumento gritante das desigualdades na distribuição da riqueza produzida, a FESETE e os seus sindicatos filiados decidiram dar início nas empresas a uma Semana de Luta Reivindicativa, informando os trabalhadores e mobilizando-os para a reivindicação e luta por salários mais justos, que dignifiquem as profissões e se tornem mais atractivas para os jovens qualificados.
No dia 7 de Abril o Secretário Geral da CGTP/IN, Arménio Carlos, vai estar presente na greve dos trabalhadores da Huber Tricot pelo aumento de 40 euros nos salários. A empresa Huber Tricot está situada da Zona Industrial do Cavaco, em santa Maria da Feira.