A CGTP-IN, no seguimento da intervenção desajustada da GNR, no dia 30 de Julho, contra a legal actuação do piquete de greve dos trabalhadores da Chronopost da base de Alfena, no Porto, solicitou à Senhora Ministra que tome as medidas necessárias para que os direitos fundamentais dos trabalhadores, nomeadamente o direito de greve, seja respeitado, de forma a que a situações desta natureza não se voltem a repetir.
Abaixo, a carta remetida, dia 30.07.2015, à Senhora Ministra da Administração Interna
Senhora Ministra,
No quadro do exercício dos direitos, Liberdades e garantias constitucionais, os trabalhadores da Chronopost base de Alfena - Porto, convocaram uma greve para os dias 29 e 30 de Julho.
Sendo um conflito laboral e não tendo sido registada qualquer ocorrência que justificasse a presença da GNR, foram os trabalhadores desagradavelmente surpreendidos com a acção do corpo de intervenção desta força militarizada para pôr em causa a actuação do piquete de greve.
Para além de desajustada a participação da GNR num processo laboral, a sua atitude é tanto mais inadmissível quanto, sem indagar sobre o que estava a acontecer, pura e simplesmente, optou por se posicionar do Lado da entidade patronal.
A CGTP-IN considera que este tipo de comportamento para além de ilícito, constitui uma linha de intervenção intimidatória e atentatória do direito constitucional de greve, que não pode deixar de ser condenada.
Neste quadro, solicitamos à Senhora Ministra que tome as medidas necessárias para que os direitos fundamentais dos trabalhadores, nomeadamente o direito de greve, seja respeitado, de forma a que a situações desta natureza não se voltem a repetir.