Janeiro é o mês dedicado ao combate ao assédio no trabalho

A CIMH/CGTP-IN iniciou uma CAMPANHA TEMÁTICA de informação, sindicalização e acção, sob o lema “Não corras riscos – sindicaliza-te!” integrada no designado SEMESTRE DA IGUALDADE, entre Janeiro e Junho de 2019, nos locais de trabalho, junto de instituições e em acções públicas.

Como iniciativas múltiplas, a cada mês está associado um tema. Janeiro é o mês dedicado ao combate ao assédio no trabalho.

Diversas iniciativas sectoriais e regionais estão em curso, entre elas:

O SINTAF – Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira, através da sua Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens, está a desenvolver durante todo o mês de Janeiro uma campanha de informação e contacto com os trabalhadores, em especial do BPG – Banco português de Gestão, Montepio e BPI.

A USAM – União dos Sindicatos da Madeira promoveu em 26/1, junto à Câmara Municipal do Funchal uma acção de sensibilização sobre o assédio moral no poder local e nas empresas da Região, com distribuição de folhetos.

madeira folhetoA dirigente da USAM e membro da Direcção Nacional da CIMH/CGTP-IN, Maria José Afonseca, transmitiu na conferência de imprensa realizada que o assédio moral é “aquele que é praticado pelas chefias e patrões, que desvalorizam o trabalho dos funcionários, fazendo-lhes crer que não valem o suficiente ou que estão a pagar demasiado pelo seu esforço”.

Acrescentou que em muitos casos os patrões até “isolam o trabalhador, tirando-o do local de trabalho”. Outras vezes, como no comércio, “colocam a trabalhadora com a secretária virada para a parede”. Prosseguiu a denúncia apontando para os supermercados: “Até o cliente nota e muitos trabalhadores têm de recorrer à baixa, outros começam a sentir depressão, ou a ter dificuldade em conciliar a vida familiar com a profissional”.

Maria José Afonseca reconheceu que esta é uma situação mais recorrente em mulheres, apesar de haver alguns homens que passam por isso e preferem manter o silêncio. E alertou: “O assédio moral é crime”, recomendando às vítimas que reúnam provas como testemunhos de colegas, e-mails e outros documentos.

“As denúncias devem ser feitas através dos sindicatos, delegados sindicais, dirigentes e a família deve estar a par daquilo que se passa no meio de trabalho”, concluiu.

 

 

A FEVICCOM – Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro e a sua Comissão para a Igualdade têm participado activamente em todas as acções públicas de solidariedade, em conjunto com o Sindicato, a União e a CGTP-IN, no concelho de Santa Maria da Feira, com a trabalhadora do sector, Cristina Tavares (da empresa Fernando Couto – Cortiças, SA), vítima de assédio e de um segundo despedimento ilegal em 10 de Janeiro.

Desde a conferência de imprensa em 12/1, a Marcha Solidária em 19/1, o Cordão Humano em 26/1 e em todas as iniciativas que se vierem a desenvolver. 

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