O caos instalou-se no hospital de Ponte de Lima. A dispensa diária para amamentação (2 períodos distintos de 1 hora cada) é um direito que está a ser posto em causa.
Nos serviços de Medicina estão em dívida 200h por enfermeiro. Ainda mais grave é a questão das enfermeiras que amamentam estão a ser “avisadas” que não podem continuar a fazê-lo. O SEP responsabiliza o Ministério da Saúde por esta vergonhosa situação.
Os 55 pedidos de autorização que “deambulam” entre a Unidade Local de Saúde do Alto Minho e o Ministério da Saúde desde agosto deste ano está a ter consequências dramáticas naquela instituição, em especial no Hospital de Ponte de Lima.
Nos serviços de Medicina, diariamente com sobre lotação de doentes, a maioria dos enfermeiros já acumula até 200 horas cada sem previsão de quando poderão ser pagas.
200 horas equivalem a mais de 4 semanas de trabalho que é de 140 horas. Ou seja, a maioria dos enfermeiros já poderia 1 período de referência de trabalho completo em casa a gozar os descansos que semanalmente lhes estão a ser “roubados”.
Em consequência deste “cenário terceiro mundista” existem enfermeiras que, de acordo com a lei, têm direito a uma redução de duas horas diárias para amamentarem os filhos.
Essas enfermeiras estão a ser “avisadas” que mesmo que apresentem o comprovativo que continuam a amamentar não lhes vai ser autorizado a redução das 2 horas.
Outra “hipótese” que está a ser apresentada às enfermeiras é que não gozem essas 2 horas/dia de trabalho e que as acumulem em dias que se irão juntar às já centenas de horas em divida.
O SEP exige:
a rápida admissão de enfermeiros,o pagamento imediato, de acordo com a preferência dos interessados, das horas a mais, ou seja, em tempo e/ou em dinheiroo cumprimento do regulamento de horários negociado naquela instituição e de todos os direitos consagrados na lei.
A ULSAM deve 3.514 dias de descanso que corresponde a uma dívida de 281.110 euros e a mais 200 enfermeiros que ali deveriam trabalhar.
Fonte: SEP