CGTP-IN Solidária com Sindicatos Húngaros

 A Comissão Executiva da CGTP-IN enviou mensagem de solidariedade, abaixo transcrita, para com a manifestação promovida pelos sindicatos húngaros MSZOSZ, SZEF e ASZSZ, que se realizará em Budapeste, no próximo dia 4 de Dezembro.

Caros camaradas do MSZOSZ, SZEF e ASZSZ,

No próximo dia 4 de Dezembro, as vossas centrais sindicais mobilizam os trabalhadores húngaros para uma massiva manifestação no centro de Budapeste, erguendo a vossa voz de descontentamento contra as inaceitáveis políticas anti-laborais e anti-sociais do vosso governo e parlamento.

Para além de muitas medidas negativas contidas em projectos e propostas de lei aprovadas nos últimos meses, os trabalhadores húngaros protestam também contra a proposta de orçamento de estado para 2011, as alterações nos impostos que vão conduzir a uma perda do salário real da maioria dos trabalhadores, a marginalização dos sindicatos em relação ao diálogo social, a má utilização dos fundos de pensões e a ofensiva contra o sector público.

Em nome dos sindicatos e trabalhadores seus filiados, a CGTP-IN expressa a sua plena solidariedade aos objectivos da vossa manifestação e deseja grande êxitos à vossa mobilização para esta importante luta sindical.

No vosso apelo declaram que “a nossa paciência esgotou-se”. Na verdade, os trabalhadores e os povos dos nossos países, na Europa e no mundo, estão a ficar fartos das medidas anti-laborais, anti-sindicais e anti-sociais por parte do grande capital e dos governos que, a pretexto da crise internacional – que na verdade representa um novo episódio da crise do sistema – tentam fazer pagar os seus custos aos trabalhadores e ás camadas mais pobres da população, agravando assim a exploração e a injustiça. E fazem-no, ao mesmo tempo que, no essencial, mantêm intocáveis os interesses e privilégios dos principais responsáveis pela situação que vivemos e enquanto alguns continuam a acumular lucros escandalosos.

Porque em Portugal estamos também a sofrer ataques semelhantes do nosso governo e do grande patronato, realizámos uma grande greve geral no passado dia 24 de Novembro, com o envolvimento de mais de 3 milhões de trabalhadores.

Este é, na verdade, um tempo para uma muito necessária acção e luta sindicais, para combater a ofensiva anti-laboral e as injustiças sociais e para lutar por um novo rumo, com novas políticas que assegurem mais justiça económica e social.

Aceitem, caros camaradas, a nossa sincera e calorosa solidariedade sindical.

Lisboa, 2 de Dezembro de 2010

Graciete Cruz

Secretária Internacional

Comissão Executiva

CGTP-IN

Portugal

Dear Colleagues of MSZOSZ, SZEF and ASZSZ

On December 4, your trade union centres are mobilising the Hungarian workers for a massive demonstration in the centre of Budapest, to raise your voices of discontent against the unacceptable anti worker and anti social policies of the government and parliament.

Besides many negative measures contained in draft laws and bills passed over the past months, the Hungarian workers are also protesting against the draft 2011 budget, the changes in taxation, which will lead to loss of real wages for the majority of wage earners, the bypassing of unions in social dialogue, the misuse of pension funds and the offensive against the public sector.

On behalf of its member unions and workers, the CGTP-IN would like to declare its full solidarity with the objectives of your demonstration, and to wish you great success in your mobilisation for this very important trade union struggle.

You declare in your call that “Our Patience is over”. In fact, workers and peoples of our countries, in Europe and across the world, are getting fed up with anti worker, anti union and anti social measures of big capital and governments that, using the pretext of the international crisis - which actually represents a new episode of the system’s crisis - are trying to make the workers and the poorer layers of society pay its burden, thus aggravating exploitation and injustice.

They do this while, in essential terms, they maintain untouched the interests and privileges of those who are mainly responsible for the situation we are living in and while these continue to accumulate outrageous profits.

Because in Portugal we are suffering similar attacks from our government and big employers, we had a great General Strike on November 24th, with the involvement of more than 3 million workers.

Our time is indeed a time of much needed trade union action and struggle, to combat the anti labour offensive and social injustices and to struggle for a new course, with new policies that may ensure more economic and social justice.

Please accept, dear colleagues, our sincere and warm trade union solidarity.

Lisbon, 2 December 2010

Graciete Cruz

International Secretary

Executive Board

CGTP_IN

PORTUGAL