Mais de 2000 despedimentos provam falta de protecção

20200405SiteSul arquivoO SITE Sul registou, no seu âmbito, mais de 2000 despedimentos, e afirma que, na actual situação de grave crise sanitária, o Governo altera leis para facilitar a vida às empresas, mas esquece-se da protecção dos trabalhadores, de forma a manterem o seu posto de trabalho.

Dos mais de 2000 trabalhadores que já perderam o seu posto de trabalho, muitos nem sequer têm direito ao subsídio de desemprego, agravando a já débil situação em que as suas famílias se encontram. Numa nota de imprensa, o sindicato refere alguns exemplos.

No distrito de Setúbal perderam o seu emprego mais de 1400 trabalhadores, realçando o Parque da Autoeuropa, com mais de 750 despedimentos, e a Refinaria de Sines, com mais de 300 (onde estão incluídos um dirigente e um delegado do sindicato).

No distrito de Évora há mais de 400 trabalhadores despedidos, realçando a Gestamp (Vendas Novas), com 90, a AIS (Montemor-o-Novo), com 75, e a Fundição de Évora, com 50.

No distrito de Portalegre, as duas empresas da Hutchinson despediram mais de 200 trabalhadores.

Numa altura em que o Governo afirma que devemos todos remar no mesmo sentido, deveria também dar mais protecção aos trabalhadores na manutenção dos rendimentos e dos direitos e também na proibição dos despedimentos, seja qual for o vínculo do trabalhador com a empresa onde trabalha ou com uma empresa de trabalho temporário.

Não podem ser os trabalhadores a pagar a crise económica e sanitária, com a perda do emprego e a redução dos seus rendimentos, ou mesmo ficando sem o seu rendimento.

Todas estas empresas que estão a despedir, mediante a situação complexa que estamos todos a viver, estão a revelar a ausência de responsabilidade social, sendo que algumas delas são multinacionais e têm obtido muitos lucros nos últimos anos.

O Governo faculta apoios ao patronato, e o dinheiro que as empresas vão receber devia servir para salvar todos os postos de trabalho, sem esquecer os trabalhadores com vínculos precários – que o Governo ainda mais aumentou, com o alargamento do período experimental para 180 dias.

FONTE: FIEQUIMETAL