Santa Casa da Póvoa de Varzim: Trabalho máximo para salário é mínimo

Santa Casa da Póvoa de Varzim Trabalho máximo para salário é mínimoCom uma adesão muito elevada, os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim em estiveram em greve na sexta-feira passada, numa luta por melhores salários e o pagamento das horas em atraso. Ficaram apenas assegurados os serviços mínimos nas várias valências.

O Trabalho é Máximo - O Salário e Condições são Mínimas

Os trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia da Povoa de Varzim neste dia estão em Luta:

  • Pelo Aumento do salário de todos os trabalhadores
  • Pela Valorização das Carreiras e Categorias Profissionais
  • Pela Admissão de mais trabalhadores
  • Pelo Pagamento do trabalho extraordinário prestado durante a pandemia
  • Pelo pagamento em dobro do trabalho em dia feriado
  • Pelo fim da pressão e repressão aos trabalhadores

Ao longo do último ano os trabalhadores desta instituição foram e continuam a ser “o rosto esquecido” da luta contra a pandemia.

Estiveram sempre na linha da frente. Sem tempo para ter medo ou pensar no risco que corriam. Trabalharam, 12h por dia, 6 dias consecutivos. Dezenas foram infetados nos seus locais de trabalho e para cá voltaram após recuperação. Os trabalhadores, mais uma vez, deram a resposta que os utentes necessitavam, porque sem os trabalhadores a resposta à pandemia não teria sido possível. Fizeram-no e fazem-no diariamente conscientes do seu papel essencial e em respeito pelo bem-estar dos utentes.

Já esta instituição, continua a pagar o Salário Mínimo Nacional, ou nalguns casos pouco acima deste valor.

Impuseram durante a pandemia horários em espelho de 12H e 10h por dia 6 dias consecutivos e até ao momento não pagaram aos seus trabalhadores essas horas extraordinárias.

As várias Valências e turnos com falta de recursos humanos.

O uso e pressão sobre as trabalhadoras com incapacidades (doenças profissionais)

O uso abusivo de estagiários para preencher serviços que em alguns dias se tem tornado mínimos.

Os despedimentos e a tentativa de contratação a recibos verdes.

Continuam a pressionar e a perseguir as trabalhadoras que resistem e lutam por melhores condições de vida e de trabalho, levando os trabalhadores a recorrer a baixas médicas por não aguentar tal pressão, acabando por vezes os trabalhadores a rescindirem contrato de trabalho como aconteceu recentemente com três ajudantes de lar.

Gozo dos feriados para as trabalhadoras da lavandaria.

Refeições em boas condições principalmente para o turno da noite.

O Aumento dos salários de todos os Trabalhadores do sector social e a valorização das suas categorias e carreiras profissionais é urgente e fundamental.

É INACEITÁVEL que os Trabalhadores desta instituição continuem a receber o Salário Mínimo Nacional e a trabalhar no limite das suas forças por falta de trabalhadores.

Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim estarão em greve no dia 30 de Julho de 2021.

O piquete realizou-se às 8h, à porta da sede da instituição, no Largo da Misericórdia na Póvoa de Varzim

Fonte: CESP